100 mil. E daí?

 

por Fernando Brito, Tijolaço -

Embora o registro oficial das secretarias estaduais de Saúde esteja ainda “só” em 99.572 mortes, como o banco de dados tem um forte atraso na atualização, é certo dizer que as baixas fatais (as oficiais, pois sabemos das subnotificações e dos muitos casos onde se esperam os resultados dos testes) já superam , e com muita folga, o número inacreditável de 100 mil.

O que é pior, porém: sem que isso tenha acontecido já num quadro de redução dos casos de infecção e morte.

Na média atual, no dia 11 de novembro, daqui a 96 dias, já não serão 100 mil, mas 200 mil vidas perdidas.

Um em cada mil brasileiros.

Os infectados, em lugar de beirarem os 3 milhões, serão sete milhões.

30 em cada mil brasileiros.

Se não piorar o que temos, com repiques de casos, como já estamos vendo em algumas cidades.

A pior tragédia da história brasileira não provoca mais que um “e daí?” do presidente da República.

E, inacreditavelmente, 30% dos brasileiros, doentes de ódio, o apoiam.

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