Na ponta do novelo tem um nó cego


 por Fernando Brito, Tijolaço -

Dará trabalho e será inverossímil a “explicação” que surgirá esta semana para a presença de Fabrício Queiroz na casa de campo do advogado de Flávio e de Jair Bolsonaro.

Não será a primeira conversa fiada, pois é preciso recordar que, há ano e meio atrás, as movimentações financeiras do faz-tudo dos Bolsonaro tentaram explicar pelos “rolos” em compra e venda de automóveis usados.

É inevitável que Flávio Bolsonaro torne-se réu pelos favores financeiros que recebeu do esquema de “rachadinhas” operados por Queiroz, a esta altura mais que materializados nas investigações.

Mas é igualmente impossível, também, que o “pós-rachadinha” vá revelando esquemas comprometedores que irão além do “Filho 01”, porque o encobrimento de Queiroz – o financiamento de seu tratamento de saúde, a estruturação de uma rede de ocultação e seus contatos telefônicos especulando sobre vantagens financeiras -era algo que ia além do próprio Flávio, certamente.

Ou alguém pode achar que nas inúmeras conversas privadas entre Jair Bolsonaro e Frederico Wassef, acaso, o advogado fanfarrão iria deixar desconhecido o imenso favor que prestava?

As histórias do advogado e do filho-senador são um emaranhado, mas desmanchá-lo vai levar a um nó cego, impossível de ser desatado: as ligações pessoais entre Queiroz e Jair Bolsonaro.

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