por Fernando Brito, Tijolaço -
Dê-se o destino que se der ao traste Abraham Weintraub, suposto ministro da Educação, não se irá dar ao Supremo Tribunal Federal a reparação ao fato de que um integrante do ministério de Bolsonaro os tenha chamado – repetidamente – de “vagabundos” que mereciam ser “postos na cadeia”. E dito isso nas barbas do presidente, sem qualquer reação do chefe, mesmo em reunião onde sobraram broncas, impropérios e palavrões.
Está claro, para qualquer um com olhos para ver – que Jair Bolsonaro partilha dos pensamentos de Weintraub e com o ato dos que atacaram o prédio do Supremo Tribunal Federal. Está longe de considerá-los inadmissíveis e os reconhece – como disse em vídeo amplamente divulgado – como “sua base”.
Sim, são. São estes grupelhos neofascistas são a sua face política, embora tenha outras raízes, também, em milicianos-policiais e em empresário picaretas que irrigam a máquina de lunáticos.
É a isto que os generais palacianos pretendem aliar-se para seu plano de fazer um governo militar?
Eles sabem que não têm força para arrastar as Forças Armadas a apoiar uma ditadura aberta dos grupelhos agregados a Bolsonaro, que têm como “chefes de estado maior” os filhos do ex-capitão.
O impasse que está criado não se resolverá com uma possível “demissão honrosa” de Weintraub.
Nada mudará no relacionamento belicoso de Bolsonaro com o Judiciário, nem suas ambições golpistas.
O Supremo sabe que seu pescoço está na guilhotina e quem é, de fato, o seu aspirante a carrasco.
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