Comércio tem novo déficit e contas externas vão de mal a pior


por Fernando Brito, Tijolaço -

As contas externas brasileiras vão mal. Semana passada eu havia sido prudente e escrito que seria preciso esperar o comportamento da balança comercial da semana para afirmar, com certeza, que tínhamos problemas sérios neste setor.

É certo que não se esperava um desempenho brilhante – os embarques de soja, era certo, atrasariam – mas o resultado, o terceiro déficit comercial no mês, veio muito abaixo do previsto.

As exportações seguiram fracas e idem as importações, denotando um resfriamento da economia.
Frente ao mesmo período do ano passado, as exportações tiveram queda de 18,4% e as importações, um tombo de 12,8%, resultando numa retração de mais de 15% no fluxo comercial.

Ao que parece, o avantajado déficit de conta corrente brasileiro – que o Banco Central, hoje, apontou em US$ 50,8 bilhões, o maior desde 2105 – vai ficar ainda maior: o BC estima que o resultado cambial ficará em 8,7 bilhões de dólares em janeiro, bem acima dos projetados US$ 5 bilhões em investimento estrangeiro direto.

Tudo isso antes do coronavirus…

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