por Fernando Brito, Tijolaço -
A JBS, segundo a folha, monta o “pulo do boi”. Ele muge aqui, mas dá dinheiro lá fora.
Os palermas que não viam razão de ser no apoio do BNDES a que a JBS se tornasse empresa líder no mundo no mercado de carnes deveriam da uma “googlada”.
Se o fizessem, veriam que o plano da empresa em transferir sua sede para a Holanda ou Luxemburgo, sendo tributada lá pelo boi que abatia aqui não é novidade.
Aliás, não é desde que Maurício de Nassau, para recuperar seus gastos numa ponte feita durante a invasão holandesa no Recife, criou a imagem do “boi voador” para nos tirar um bom dinheiro, através de um pedágio.
Em 2016, Maria Silvia Bastos Marques, presidente do BNDES – e logo demitida, talvez por isso, por Michel Temer – vetou, com os poderes que lhe davam acordos entre o banco e a JBS firmados em troca dos empréstimos que lhe haviam sido concedidos, operação quase igual, como registrou a Folha de S. Paulo, há três anos:
O BNDES barrou a reestruturação da
JBS, operação que a empresa vinha dando como certa. Com a notícia, as
ações da empresa caíram 11,45% nesta quarta-feira (26), fazendo ela
perder, em um só dia, quase R$ 4 bilhões do seu valor de
mercado.Anunciada em maio, a mudança seria radical: a companhia teria
sede na Irlanda, domicílio fiscal no Reino Unido e ações na Bolsa de
Nova York. A operação brasileira passaria a ser uma das subsidiárias da
JBS Foods Internacional.
Este rapaz de baladas que puseram à testa do BNDES, com seus planos de fazer o BNDES livrar-se a todo custo das participações acionárias de que dispõe – e com elas, dos poderes que possui – reabriu as porteiras. É fácil arranjar capital para comprar o que o BNDES vende assim, na bacia das almas.
E o boi vai voar para as “orópias”, como voou para os EUA no caso da Embraer.
E vamos neste ritmo de boiada: lá fora se ganha dinheiro, aqui a gente só pasta.
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