O Brasil que perguntava “cadê o Queiroz” agora precisa saber “cadê os porteiros?” Por Kiko Nogueira


por Kiko Nogueira, DCM -

O Brasil que perguntava “cadê o Queiroz?” agora quer saber “cadê os porteiros?”

A revelação de que havia mais um deles no caso Marielle deixa outra “cuestão”, como gosta o idiota-mor, a ser elucidada.

Por razões de segurança, é melhor que eles apareçam.

No Globo Lauro Jardim contou que a Polícia Civil “já sabe que o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (o da casa de Jair Bolsonaro) não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado por Carlos Bolsonaro e periciado em duas horas pelo Ministério Público”.

Aquele que prestou os dois depoimentos em outubro ainda está, oficialmente, de férias — mas desde quando isso é impeditivo para ele se apresentar?

Ele é o que diz ter ouvido a autorização do “seu Jair” para Élcio Queiroz entrar no condomínio.
Élcio, que tem foto com o “mito”, como o DCM contou, é acusado de ser o motorista do carro empregado na execução de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Os líderes da oposição na Câmara e no Senado, Alessandro Molon e Randolfe Rodrigues, entraram com um pedido no Ministério Público uma nova perícia nos equipamentos do condomínio Vivendas da Barra.

A suspeita é de que houve manipulação. No Twitter, Carluxo afirma, em sua louca cavalgada, que a gravação que pôs no ar é da “administração”. 

Nesta segunda, dia 4, o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, vazou para Mônica Bergamo uma carta à sua equipe sobre a matéria que o Jornal Nacional deu e que foi obrigado a desmentir um dia depois.

Kamel afirma que foi ludibriado por “uma fonte absolutamente próxima da família do presidente Jair Bolsonaro (e que em respeito ao sigilo da fonte tem seu nome preservado) procurou nossa emissora em Brasília para dizer que ia estourar uma grande bomba”.

Kamel foi feito de bobo? Pode ser. 

Mas o fato é que a primeira reportagem estava, no geral, correta. Se foi uma armadilha de Jair, deu ruim.

Na live apoplética em que chamou os globais de “patifes” e apontava o dedo para Witzel, Bolsonaro deu uma bandeira: a emissora “só ficará contente quando um dos meus filhos for preso”, gritou.

Uma das linhas de investigação envolve o Zero Dois, que ameaçou a mãe de Felipe Neto com o mesmo “carinho” que tinha por Marielle.

O que o país precisa saber, agora, é o seguinte: cadê os porteiros? 

Antes que seja tarde.

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