por Ricardo Kotscho, Balaio Do Kotscho -
Escrevo bolsonaros no plural porque somos governados pelos quatro _ o pai e os três filhos aloprados que são chamados por números.
O fato de pertencerem à extrema-direita mais boçal do planeta é o de menos.
Presos à Segunda Guerra Mundial e à Guerra Fria, seguem a cartilha de outro cretino, o guru Olavo de Carvalho, um pateta que faz horóscopos e caça ursos na Virgínia.
Em suas andanças pelo mundo, eles nos fazem passar uma vergonha atrás da outra e causam prejuízos incalculáveis ao Brasil.
Bolsonaro já homenageou ditadores sanguinários e corruptos como Pinochet, no Chile, e Stroessner, no Paraguai, prestou nojenta vassalagem a Donald Trump, na matriz, e se superou agora, na viagem ao Oriente Médio, onde conseguiu fazer strike.
De quebra, arrumou uma confusão dos diabos com os palestinos e os países árabes, grandes importadores dos nossos produtos agropastoris.
Nomearam um monte de generais para tomar conta do presidente, mas ele já se mostrou incontrolável.
Aqui e lá fora governa pelo Twitter porque seu vocabulário se limita a 140 caracteres e até agora não descobriu o que está fazendo na Presidência da República.
Não deveria ter feito isso antes de enviar o projeto, para garantir os 308 votos de que precisa na Câmara?
Disposto a acabar com a “velha política”, só agora descobriu que não tem outra e vai abrir o balcão de negócios chamado de “articulação política”.
Apesar de seus quase 30 anos de deputado do baixo clero, parece que o capitão ainda não sabe como a coisa funciona, ou se finge de desentendido, para agradar aos seus fanáticos seguidores, que estão sumindo até das redes sociais.
Assim como seu chefe, o ex-juiz Sergio Moro não conhece o Brasil, muito menos Brasília, que não é capital da República de Curitiba, onde ele mandava prender e soltar.
Por falta de opção, pela indigência do articulador Onyx Lorenzoni, o especulador Paulo Guedes agora negociará diretamente com os deputados, o que vai ser engraçado.
É o dono do cofre, que quer economizar 1 trilhão com a reforma da Previdência, tentando convencer os parlamentares do baixo clero a votar no seu projeto só por amor à pátria.
Moro arrumou uma gambiarra para votar seu projeto anticrime no Senado antes da Câmara, onde foi congelado por Rodrigo Maia.
São dois amadores negociando com profissionais e não é muito difícil prever quem vai ganhar esta peleja.
Convencido de que é um grande estrategista, Bolsonaro quer se impor dando trombadas nos aliados e guerreando com seus inimigos imaginários.
Depois de salvar a Venezuela do “comunismo”, talvez o capitão descubra que aqui temos mais de 13 milhões de desempregados, sem nenhuma perspectiva, porque a economia parou de girar outra vez.
Pela cara dele em Israel e a forma como trata os jornalistas que lhe fazem perguntas, não boto muita fé.
Não há general de pijama que dê jeito neste capitão reformado.
Vida que segue.
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