Mourão: intervenção militar na Venezuela 'seria fora de propósito'


"Seria muito prematuro e muito fora de propósito os Estados Unidos realizarem uma intervenção militar dentro da Venezuela. A questão da Venezuela tem que ser resolvida pelos venezuelanos", defendeu o vice-presidente Hamilton Mourão, ao falar sobre as ameaças do governo dos EUA contra o governo de Nicolás Maduro; Mourão disse ainda que não considera um ato de agressão a decisão de Maduro fechar a fronteira terrestre com o Brasil

Do Brasil 247 -

 Escalado para ir a reunião de emergência do Grupo de Lima, na próxima segunda-feira, em Bogotá, para discutir a situação na Venezuela, o vice presidente Hamilton Mourão disse nesta quinta-feira (21) que uma intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela seria "fora de propósito".

"Seria muito prematuro e muito fora de propósito os Estados Unidos realizarem uma intervenção militar dentro da Venezuela. A questão da Venezuela tem que ser resolvida pelos venezuelanos", defendeu Mourão, contrariando a tese defendida pelo chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, e do próprio presidente Jair Bolsonaro, que defendem e articulam uma intervenção militar contra o governo de Nicolás Maduro.

Para Mourão, as ameaças do presidente norte-americano Donald Trump "está mais no campo da retórica do que na ação".

Sobre a decisão do presidente da Venezuela de fechar a fronteira terrestre com o Brasil a partir desta quinta, a dois dias da entrada anunciada da suposta "ajuda humanitária" no país pelos EUA, Mourão considerou que essa decisão para o Brasil "não significa um ato de agressão".

"Vejo essa reação simplesmente para impedir que ocorra esse processo de ajuda humanitária", destacou, esclarecendo que a Venezuela tem a liberdade de fazer o que quiser do seu lado da fronteira.

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