por Fernando Brito, Tijolaço -
“Eu não quero morrer como a Marielle”. Uma das frases usadas pelo deputado Jean Wyllys para explicar sua decisão de abandonar seu mandato de deputado federal e ir viver no exterior dá ideia do impacto que tiveram as notícias de que os possíveis assassinos da vereadora tivessem ligações com o gabinete do filho mais velho do Presidente da República.
Nenhum de nós tem a experiência prática sobre o que está passando o deputado e não cabe julgar a sua sensação de insegurança que é, claro, subjetivíssima.
Nem também avaliar o que é ter de viver com escolta, sem poder andar sozinho sem medo de morrer ou ser agredido fisicamente, além das agressões morais que recebe diariamente dos bolsominions e dos bolsomaxis.
Só pelos comentários agressivos que a notícia tem nos sites da grande imprensa e as “comemorações” no Twitter dá para ver o quanto isso é real.
O fato de a sua decisão estar sendo comemorada pelo Presidente da República e por pelo menos um de seus filhos também mostra que não é despropositada a sensação de medo de Wyllys.
O papel do Governo , ao contrário, deveria estar sendo o de oferecer publicamente todas as garantias ao detentor de um mandato legislativo federal.
Mas temos um presidente que é uma espécie de Danilo Gentilli de faixa verde-amarela.
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