Alunos frequentam
aula vestindo saia para protestar contra preconceito. (Foto: Marcelo
Camargo/ABr)
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“Estudantes de colégio particular em SP
usam saia para protestar. A ação foi em protesto contra preconceito de que
teriam sido vítimas dois estudantes
Fernanda Cruz, Agência Brasil / Pragmatismo Político
Cerca de 50 alunos, entre meninos e
meninas, vestiram saia hoje (10) para assistir às aulas no colégio particular
Bandeirantes, uma instituição tradicional da zona sul da capital paulista. A
ação foi em protesto contra preconceito de que teriam sido vítimas dois
estudantes, na semana passada.
Na quinta-feira (6), o aluno João Fraga, 16
anos, vestiu-se com roupas femininas para a festa junina do colégio. Segundo os
estudantes, porém, João teria sido repreendido pelo professor de biologia
Juvenal Shalch, que teria pedido ao aluno para que se retirasse da sala e
trocasse de roupa. Posteriormente, Shalch teria comentado com outros colegas da
turma que João confundiu a festa caipira da escola com a Parada Gay, que
ocorreu no domingo (2) em
São Paulo.
O professor confirmou ter feito o
comentário, mas informou que não teve a intenção de parecer preconceituoso. “Eu
falei para o João: assim você não vai entrar. O Bandeirantes não é uma escola
de bairro. Nós temos alunos que são budistas, desde o judeu ortodoxo ao
liberal, adventistas e muitos não admitem”, disse. O professor declarou também
que não esperava tamanha repercussão na imprensa. “Nós estamos, hoje, presos a
ditadura do politicamente correto. Qualquer coisa que você fala sem querer é
motivo de falsas interpretações”, acrescentou.
Segundo o coordenador de relações
institucionais, a escola pediu para que o pai do aluno fosse buscá-lo por
questões de segurança. “Ele estava trajando uma vestimenta que, para região que
a gente vive, a gente tem visto a todo momento, na imprensa, agressões morais
ou físicas por questão de gênero. O Bandeirantes não tem nenhum problema com
questão de gênero, mas havia uma preocupação com a integridade do aluno”,
explicou.
Pedro disse que não concordou com a atitude
da escola. “Eu não entendi muito bem, por que eu estaria mais seguro fora do
colégio do que dentro? Eu achei [a atitude] desnecessária. Acho que ela
[escola] podia ter abraçado a discussão, mas preferiu agir dessa maneira.
Espero que agora eles mudem de postura e incluam a discussão no colégio”, disse.”
Comentários
Sinceramente eu acho uma forma um tanto exagerada de chamar a atenção mas temos a liberdade, independente se fulano ou ciclano é de tal religião.
E se eu, sendo espírita, resolver agir com preconceito à budistas ou judeus e até mesmo evangélicos?
"Cada um com seu cada um, e deixa o cada um dos outros."
É a norma da instituição, assim como em um colégio militar. Muitas empresas colocam normas parecidas para seus funcionários. Se não gostou, ninguém está te obrigando a ficar ali.
Valeu molecada é assim que se faz!!!!