Adriano Diogo: “Infiltraram policiais civis e militares no meio da garotada para incitar a violência”
Conceição Lemes, Vi o Mundo
“Na próxima terça-feira, os deputados
estaduais Adriano Diogo e Beth Sahão (PT) proporão à Comissão de Direitos
Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a convocação do
comandante da Polícia Militar (PM), para dar explicações sobre barbárie dessa
quinta-feira, 13 de junho.
“Nos últimos dias, o governo Alckmin
prometeu intensificar a repressão nas próximas manifestações de rua. Ao
anunciar isso publicamente, ele deu a senha para a repressão abusiva,
descabida, desnecessária da PM”, atenta Adriano Diogo, que preside a Comissão. “Os
policiais atiraram em jovens, jornalistas, pessoas que estavam passando…
Barbarizam mesmo para forçar uma reação violenta.”
“Embora o metrô e o trem tenham aumentado,
o governo Alckmin, nas entrevistas, só se refere ao aumento do ônibus, para
atingir o governo Haddad”, prossegue o deputado. “É uma ação pensada, bem
orquestrada, com vistas à eleição de 2014, e com o objetivo de desmoralizar o
PT.”
“Nessas horas, dá perceber claramente o que
nós já sabemos: a estrutura policial da ditadura permanece intacta,
principalmente os setores de inteligência, como a P2 [serviço reservado da PM]
e a tropa de choque”, denuncia Adriano. “Infiltraram policiais civis e
militares à paisana no meio da garotada para incitar a violência. Ninguém me
contou, eu vi um bando de profissionais em provocação – não eram estudantes! –,
quebrando vidro, fazendo bandidagem.”
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