“Ex-governador de São Paulo exige o comando
do partido para permanecer no ninho tucano; ele tem convites do PPS para apoiar
Eduardo Campos, no plano nacional, ou para disputar o governo de São Paulo,
contra Geraldo Alckmin; risco de "revolução" no PSDB, apontado por
Alberto Goldman ao 247, é cada vez maior
Brasil 247
A "revolução" prevista pelo
ex-governador Alberto Goldman em entrevista na quarta-feira 13 ao 247 está em curso. Foi com esse
termo que ele se referiu à possibilidade de o ex-governador José Serra deixar o
partido pelo qual concorreu duas vezes à Presidência da República – e Serra
nunca esteve tão perto de deixar o ninho azul e amarelo.
Sentindo ser alvo de "uma ofensa"
dentro da agremiação – é esse o termo que Serra tem usado a amigos e, mais
insistentemente, ao mais amigo Fernando Henrique Cardoso --, Serra está
mandando um recado direto para o presidente da legenda, seu ex-amigo Sérgio
Guerra, e ao senador e aparentemente amigo Aécio Neves: ou entra na convenção
partidária, adiada de final de março para maio, com tudo certo para ser eleito
presidente do PSDB, ou pega suas intenções de voto para presidente da República
e muda de partido.
No PPS de Roberto Freire, a quem a
estratégia política de Serra, como governador, em 2010, elegeu deputado federal
por São Paulo, tudo está pronto para recebê-lo. A prontidão do PPS em benefício
de Serra igualmente foi adiantada por 247, no início do ano. O acréscimo,
agora, é uma manobra esperta. Outra, de resto. O PPS já tem tudo pronto para se
fundir com o inexpressivo PMN. A fusão abriria novas condições legais para
migrações partidárias, o que poderia engordar a legenda com serristas de todo o
País. O estrago nas fileiras tucanas seria considerável.”
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