Maurício Caleiro,
cinema & Outras Artes
“O fato de, no
campo conservador, José Serra ter praticamente monopolizado as eleições
majoritárias dos últimos anos, com seu estilo truculento, sem limites e adepto
das piores baixarias, fez com que alguns analistas, mesmo entre os chamados
blogueiros progressistas, acreditassem que o PSDB tenderia a renascer como
partido de oposição programática uma vez livre dele, sem espaço na agremiação
após sucessivas derrotas eleitorais.
Só faltou
combinar com os russos, como diria o grande filósofo Garrincha. O anúncio,
feito hoje à tarde, de que o governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) manteve a
decisão de não prorrogar os contratos de concessão da CESP, criando um
obstáculo ao projeto do governo federal de baratear o custo da energia elétrica,
é revelador de um traço distintivo do PSDB que andava anuviado sob o
personalismo serrista: o caráter antipovo e anti-Brasil das decisões do
partido.
A este traço vêm
se somar a insensibilidade social - tão bem exemplificada na desfaçatez com que
o governo paulista impede, com a medida tomada, que cidadãos e empresas gastem
menos com energia elétrica num momento de crise econômica mundial – e a
primazia que concede ao grande capital, cuja manutenção de altos lucros com
pouco esforço cuida de assegurar. Fechando o círculo, a mídia amiga cuida de
esconder do cidadão informações essenciais à compreensão do processo, como pode
ser constatado no relato que a blogueira Maria Frô faz do comportamento da Folha de S.
Paulo no caso em questão.”
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