Cresce pressão para convocação de Policarpo à CPMI do Cachoeira

“Estudo aponta que Policarpo Júnior, jornalista da Veja, determinava linhas de trabalhos da organização de Carlos Cachoeira, extrapolando a relação jornalista-fonte. Parlamentares cobram a convocação do jornalista, que deverá ser decidida na próxima terça-feira (14). “Este estudo demonstra um envolvimento pessoal de Policarpo com a quadrilha, que foi muito além da relação jornalista-fonte. Ele deve, sim, explicações ao país”, sustenta o deputado Dr. Rosinha (PT-PR).

Najla Passos e Vinicius Mansur, Carta Maior

O diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, não apenas usava a organização criminosa liderada por Carlinhos Cachoeira como fonte jornalística, mas também solicitava serviços à quadrilha, que iriam embasar as matérias ditas jornalísticas que a revista publicaria dias depois. É o que mostra um estudo realizado pela assessoria técnica da CPMI do Cachoeira (que envolve técnicos da Policia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU), entre outros), a pedido do deputado Dr. Rosinha (PT-PR). “Este estudo demonstra um envolvimento pessoal de Policarpo com a quadrilha, que foi muito além da relação jornalista-fonte. Ele deve, sim, explicações ao país”, sustenta.

O deputado protocolou, nesta sexta, (10) novo pedido de convocação do jornalista de Veja. O assunto será discutido pela comissão em reunião administrativa, na próxima terça (14). O primeiro foi apresentado pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), mas nem chegou a ser apreciado, por decisão da maioria dos membros. Com as conclusões do estudo, Dr. Rosinha acredita que a grande resistência que alguns parlamentares tinham à convocação de Policarpo será quebrada.

“Alguns membros, como Miro Teixeira, argumentavam que a convocação de jornalistas atentaria contra a liberdade de expressão, mas o estudo demonstra que estamos tratando de uma pessoa tão envolvida com a quadrilha que chegava a determinar suas linhas de trabalhos. Policarpo precisa explicar se participava da organização criminosa, se a usava para atingir seus interesses ou se era usado por ela”, acrescenta.

O deputado explica que o estudo se baseia na análise das gravações realizadas pela Polícia Federal (PF), que foi autorizada judicialmente a grampear os telefones dos então supostos membros da quadrilha, durante as Operações Vegas e Monte Carlo. Para surpresa geral, acabaram flagrando várias conversas entre eles, inclusive Cachoeira, com Policarpo de Veja.”
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