Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
“Só a onipotência, a soberba e a completa
alienação levadas ao extremo podem explicar o vexame federal que o valente
ex-acusador Demóstenes Torres passou no Senado na tarde desta segunda-feira.
Como é que o advogado dele, meu amigo Kakay, um dos melhores e mais caros do
País, deixou seu cliente protagonizar estas cenas?
Diante de um plenário quase deserto —
apenas 5 dos outros 80 senadores acompanharam seu discurso de 26 minutos — o
senador Demóstenes pós-Cachoeira parecia outra pessoa, uma figura patética.
Pediu perdão, jurou-se inocente e fez-se de
vítima: "Meu organismo não tem mais lágrimas a verter". Ninguém se
comoveu com a descrição dos seus "135 dias de calvário sem trégua",
após ter sido "jogado aos leões", apenas por ser amigo de um tal de
Carlinhos Cachoeira, cujas atividades criminosas garantiu desconhecer.
O que ele ganhou com isso? Será que
Demóstenes poderia imaginar que, a esta altura do campeonato, conseguiria
convencer algum dos seus pares ou um único telespectador da TV Senado de que as
suas ligações com Cachoeira, o contraventor denunciado como chefe do crime
organizado em Goiás, foram invenções da Polícia Federal e da mídia?
"A questão não é de desculpas, mas de
fatos", resumiu Pedro Taques (PDT-MT), relator do processo na Comissão de
Justiça que deve decidir nesta-quarta-feira o envio do pedido de cassação ao
plenário.”
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