João Batista Herkenhoff, Direto da Redação
“Na busca pelos fundamentos da Ética, a que
somos em consciência obrigados, parece-me bem próprio refletir a respeito de
duas minorias totalmente excluídas da sociedade: prostitutas e presidiários.
Nestas minorias até a marca originária de
humanidade costuma ser negada.
Há legislações que consideram a
prostituição um crime, o que não é o caso do Brasil. Entretanto, embora
transitando na faixa da legalidade, as prostitutas são assiduamente presas, sem
fundamento legítimo.
Maltratadas e ofendidas física e
moralmente, vivem em condições econômicas quase sempre subumanas, isoladas às
vezes do restante da população em zonas delimitadas, como um grupo excluído.
Não têm acesso a cuidados médicos, nem a previdência social, nem ao amparo da
lei. São consideradas não-pessoas.
Não obstante a liberdade sexual, a mudança
de costumes, a transformação do mundo, a figura da prostituta perdura, como
negação de Justiça, na paisagem humana.
Mas as prostitutas tomam consciência de sua
dignidade como seres humanos. Lutam pelo respeito de que são credoras, pelo
acesso à saúde, pelo direito de auto-organização e pela possibilidade de
escolher outro caminho de vida, se assim desejarem. Em muitas situações, ganhar
o pão através da entrega do corpo não é uma escolha, mas uma imposição de
circunstâncias econômicas e sociais.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Comentários