“Wladimir Garcez, que depõe agora na CPI,
tenta, mas não consegue explicar a complexa operação de compra da mansão do
governador goiano. Diz que pediu dinheiro emprestado à Delta e a Cachoeira;
depois, buscou um outro comprador, chamado Walter Paulo; em seguida, pediu que
ele emprestasse a casa à mulher de Cachoeira, Andressa. Deu para entender?
Brasil 247
Um dos principais réus da Operação Monte
Carlo acaba de complicar a situação do governador de Goiás, Marconi Perillo. Wladimir
Garcez, ex-assessor de Cachoeira e ex-presidente da Câmara Municipal de
Goiânia, tentou explicar a venda de uma mansão de Marconi Perillo, por R$ 1,4
milhão. A mesma casa onde Carlos Cachoeira foi preso há 90 dias.
Marconi sempre sustentou que vendeu a casa
ao empresário Walter Paulo, dono da Faculdade Padrão. O que Garcez disse na CPI
atrapalha mais do que ajuda o governador. "Pedi dinheiro emprestado ao meu
patrão Claudio Abreu, da Delta, e ao Cachoeira para comprar a casa", disse
Garcez. Por que? Porque achou que era um bom negócio pagar R$ 1,4 milhão pela
casa de Marconi. Depois, segundo Garcez, a mansão foi vendida ao empresário
Walter Paulo – reportagens anteriores do 247 demonstram que a casa foi
registrada em nome de um laranja.
Wladimir Garcez conta que tomou emprestado
de Cláudio Abreu, à época diretor da região Centro-Oeste da Delta, três cheques
para adquirir a mansão, sendo dois nos valores de R$ 500 mil e outro de R$ 400
mil, nominais ao governador de Goiás. Depois, começou a ser pressionado por
Cláudio Abreu para quitar os cheques. Foi então que vendeu a casa a Walter
Paulo e pagou sua dívida.
Mas se Walter Paulo foi o comprador, por
que a casa acabou em poder de Cachoeira. Segundo Garcez, porque Andressa Morais
se separou do Wilder Morais, ex-suplente de Demóstenes Torres, e não tinha onde
morar, quando já havia iniciado um relacionamento com Cachoeira. Foi então que
Garcez a Walter Paulo que emprestasse a mansão a Andressa. E foi assim que eles
foram ficando, ficando, ficando e ficando na mansão do governador até o dia da
prisão.”
Foto: REPRODUÇÃO/ TV SENADO
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