Luis Nassif / Luis Nassif
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"No dia 1o de setembro de 2008, os Ministros
Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto saíram da sede do STF
(Supremo Tribunal Federal) atravessaram a Esplanada dos Ministérios e entraram
no Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente da República, Luiz
Ignácio Lula da Silva.
Foi uma reunião tensa, a respeito da
suposta conversa grampeada entre Gilmar e o senador Demóstenes Torres. Os três
Ministros chegaram sem nenhuma prova concreta sobre a autoria ou mesmo a
existência do tal grampo. Mas atribuíam-no irresponsavelmente à ABIN (Agência
Brasileira de Inteligência) e exigiam de Lula providências concretas.
No auge da reunião, Gilmar blasonou: “Não
queremos apenas apuração, mas punição”.
Bastaria Lula ter perdido a paciência e
endurecido o jogo para criar uma crise institucional sem precedentes, entre o
Supremo e o Executivo. Sua habilidade afastou o risco concreto de uma crise
institucional, à custa do sacrifício do diretor-geral da ABIN, delegado Paulo
Lacerda, afastado enquanto durassem as investigações.
Tanto no Palácio como na
Polícia Federal e no Ministério Público Federal sabia-se que o grampo, se
existiu, não havia partido da ABIN nem da Operação Satiagraha, já que nenhum dos
dois – Demóstenes e Gilmar – eram alvo de investigação.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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