Fernando Vives, CartaCapital
A introdução de Patricia Poeta já dava as proporções: “Ao longo de uma gestão de mais de duas décadas, a seleção tricampeã se tornou penta. Teixeira colecionou vitórias, mas também desafetos. E enfrentou denúncias”.
Ou seja: as denúncias ficariam entaladas em apenas 22 segundos no final da reportagem, que teve ao todo 3:39 minutos. E com todas as ressalvas: “Ao longo da carreira, Ricardo Teixeira foi alvo de denúncias. Diante de todas elas, Teixeira sempre disse que as acusações eram falsas e tinham caráter político”, afirmou o Jornal Nacional.
E prosseguiu: “A denúncia mais contundente foi a de que ele e um grupo ligado à Fifa teriam recebido dinheiro de forma irregular nas negociações de uma empresa de marketing esportivo, em 1999. Viu os processos serem arquivados pela Justiça.”
Neste trecho, a reportagem omite um detalhe (RISOS) importantíssimo: é
verdade, sim, que o processo do caso da empresa de marketing esportivo, a ISL,
foi arquivado pela Justiça suíça. Porém, segundo a BBC britânica, o
arquivamento só ocorreu porque Teixeira e os outros envolvidos, seu ex-sogro
João Havelange e o atual presidente da Fifa Joseph Blatter, assumiram terem
cobrado a propina e devolveram parte do valor. É uma maneira válida de
arquivamento de processo para a Justiça suíça – o que não pode, em hipótese
alguma, ser um salvo-conduto de inocência para Ricardo Teixeira, como pareceu
na reportagem.”
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