“Presidente do DEM afirma que, apesar de
perder quadros para o PSD, sigla manteve a essência e pode disputar o Planalto
O Estado de S.Paulo
Depois de perder 17 de seus 43 deputados
federais, um de seis senadores e um dos dois governadores eleitos em 2010 - a
maioria para o PSD do prefeito paulistano, Gilberto Kassab -, o DEM quer
recuperar espaço nas eleições municipais de 2012 e se fortalecer para 2014,
incluindo a hipótese de voo solo para a sucessão presidencial.
Para o senador José Agripino Maia (RN),
presidente nacional do DEM, o partido perdeu em número de quadros, mas não na
essência.
Mantendo o discurso crítico ao PT e a
defesa de políticas como as privatizações, Agripino afirma que o apoio a um
candidato do PSDB em 2014 "não é compulsório". "Se crescermos
nas eleições municipais, é evidente que teremos condições de disputar uma
eleição presidencial", afirmou. O senador disse que as relações com os
ex-correligionários que hoje estão no PSD "são civilizadas, mas é eles
para lá e nós para cá".
A criação do PSD foi o mais duro golpe dado
contra o DEM?
Eu não diria isso. Foi um golpe que nos
atingiu numericamente, mas não na nossa essência. As figuras emblemáticas do
partido ficaram todas. O partido perdeu aqueles que fizeram uma clara opção
pelo seu interesse pessoal. Os que tinham consciência partidária, aqueles que
guardam a história do partido, esses ficaram todos.
O sr. assumiu o partido diante de uma crise
interna sem precedentes. Algo poderia ter sido feito para evitar essa
debandada?
Eu poderia ter feito algo se concordasse
com a desfiguração do partido. Em um dado momento, ficou claro que não haveria
perda numérica se nos anexássemos a uma outra agremiação ou se mudássemos a
orientação do partido. Isso aí nem eu nem os que ficaram concordavam.
Alguns sugeriram que o DEM poderia ser
incorporado ao PSDB. Essa possibilidade existe?
Essa hipótese não está nas nossas
conjecturas. O DEM é um partido que, se perdeu as eleições, a ele está
reservado o papel de oposição. A democracia é governo e oposição.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
disse que o PSDB perdeu, até certo ponto, o rumo. O sr. também pensa assim?
O PSDB não está sem rumo. Ele está
precisando se reencontrar. O PSDB é outro partido que, como nós, tem história. O
que é preciso é o partido se reencontrar com sua história. O PSDB tem de se
reencontrar com a formulação programática que deu os ganhos que o Brasil teve
com o governo Fernando Henrique Cardoso/Marco Maciel.”
Entrevista Completa, ::Aqui::
Comentários
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