por Fernando Brito, Tijolaço -
A saída de André Brandão da presidência do Banco do Brasil bem merece o nome de “o último a sair apaga a luz”.
Faz mais de um mês que Bolsonaro lançava farpas em sua direção, alegadamente por seus planos de demitir funcionários e fechar agências em pequenas cidades, o que estava gerando reclamação dos novos “donos do pedaço” no Governo: o Centrão.
Defendido por Paulo Guedes e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Brandão estava sendo segurado no posto para não se dar chance de que fosse ocupado por alguém mais flexível às indicações políticas para as estruturas do Banco.
E menos afeito às politicagens e submissões ao “Mito”, como é o presidente da caixa Econômica, Pedro Guimarães, que chega a ser presença constante nas lives presidenciais.
A situação do mercado – que já estava ruim, com Petrobras descendo às perdas gigantes da 2a. feira, o próprio BB a perdas ainda maiores e o dólar fechando a R$ 5,60 – deve sofrer nova piora depois do final de semana.
Até porque não se poderá continuar fechando os olhos para a necessidade de um forte grau de retração das atividades econômicas em razão do agravamento da pandemia.
Paulo Guedes, “prestigiado” por Bolsonaro com “privatizações” que não sairão tão cedo – e se saírem – está ficando em total solidão e não se surpreenda se, semana que vem, um ou mais de seus secretários na Economia pedirem também demissão.
Antes que se apague a luz, já bruxuleante, do antigo Posto Ipiranga.
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