Abaixo a verdade!

 por Fernando Brito, Tijolaço -

O combate ao novo coronavírus é um sucesso no Brasil, e os quase 140 mil mortos (a quinta maior taxa do mundo entre países com mais de 10 milhões de habitantes) e os mais de 4,5 milhões de infectados (o terceiro maior do mundo, segundo o mesmo critério).

Não existem queimadas na Amazônia (porque a floresta é úmida) e o fogo é, essencialmente, produzido pelos caboclos, pelos índios e pela alta temperatura. As imagens que estão correndo o mundo são uma “campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”.

Na verdade, o nosso país é um jardim do mundo e referência global de preservação, assim como em matéria direitos humanos e de liberdades, inclusive religiosa, porque aqui se combate a “cristofobia”, embora não se saiba o que possa estar havendo em matéria de ataques a cristãos.

Ah, sim, garantimos a segurança alimentar de um bilhão habitantes da terra, exceto, clero, 10,3 mihões de brasileiros, segundo números do próprio governo. Nossa prertensão no mundo é essa, a de sermos apenas provedores de alimentos (que são baratos) e compradores industriais e tecnológicos (o que é caro).

Nos desmanchamos em elogios a Estados Unidos, dando-lhes isenção para vender-nos etanol e emprestando nosso território para a campanha de Donald Trump e Israel que, exceto pelo teatrinho de soldados em Brumadinho, pouco tem de negócios conosco e com déficit de cerca de US$ 1 bilhão anuais, em nosso desfavor.

Assume que recebe do chefe – ocupado em atacar a China – a missão de atacar a Venezuela, usando o óleo que seu governo, até hoje, não sabe como vazou.

Aí está o resumo da fala – ou a leitura tatibitati – do discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia da ONU, agora há pouco.

Se você, leitor ou leitura, não acreditou no que disse Jair Bolsonaro, imagine as raposas diplomáticas que se deram ao trabalho de ouvi-lo.

O único combate que o governo brasileiro faz é à verdade.

Que, como se sabe, sempre vence.

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