Pré-candidato, Thammy diz que transexualidade é missão divina: "Quero que a direita discuta diversidade"
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Figuras como o pastor Silas Malafaia e o deputado federal Eduardo Bolsonaro disseram que Miranda não poderia ser pai do pequeno Bento, de 6 meses, pelo fato de ele ser um homem transexual. Influencers conservadores convocaram seguidores a nunca mais comprarem produtos da Natura, responsável pela ação.
Os ataques foram um sucesso... para a Natura, cujas ações se valorizaram em R$ 1,5 bilhão até a última quinta-feira, segundo reportagem da revista Forbes.
"É engraçado que os haters acabaram fazendo tudo isso. As pessoas que são contra é que deram essa visibilidade toda", avalia o filho da cantora Gretchen em entrevista à BBC News Brasil.
Em meio aos ataques religiosos, ele diz que "tudo o que toca é próspero".
"Sou muito temente a Deus e acredito que ele não faz nada em vão. Se vim como vim ao mundo, com certeza eu tenho uma missão."
Enquanto aproveita a repercussão e mensagens públicas de apoio de personalidades como o ator Bruno Gagliasso e o youtuber Whindersson, Thammy vê crescimento recorde em sua redes sociais - só no Instagram, ele tem quase 3 milhões de seguidores.
Mas a visibilidade também se reflete na pré-candidatura a vereador em São Paulo pelo Partido Liberal. Ele tentou em 2016 pelo PP, de Paulo Maluf, mas não se elegeu com 12,4 mil votos.
"Inclusive dentro desse partido eu fundei o núcleo de diversidade. Na esquerda já se fala sobre isso, já entendem sobre isso. Na direita não e é lá que a gente tem que conquistar o nosso espaço", diz, afirmando que não é "comunista, nem conservador, nem nada".
"Sou progressista."
Em 2014, já conhecido em todo o país, Thammy anunciou ser um homem transexual e começou um processo de transição sob os holofotes da imprensa e das páginas de fofocas.
"Minha militância é desde a hora que eu acordo. As pessoas me conhecem. Quando vou a um restaurante e as pessoas ficam vendo em que banheiro vou entrar eu já estou militando", diz.
A palavra mais repetida por Thammy em toda a entrevista é "representatividade". A reportagem pergunta se, para além da campanha externa de Dia dos Pais, a Natura tem funcionários e políticas para transexuais "da porta para dentro".
"Não sei."
Entrevista Completa, ::AQUI::
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