por Fernando Brito, Tijolaço -
A decisão do Facebook de eliminar a rede de 88 páginas – com perfis bolsonaristas, gerida por auxiliares e filhos de Jair Bolsonaro dá um impulso extra ao inquérito das “fakenews”, que só pode levar ao que é uma realidade: foi montada uma máquina de ataques e mentiras que funciona como o verdadeiro “partido do presidente”.
Ou será que alguém ainda acredita que este podia ser o PSL ou este esquecido “Aliança pelo Brasil” anunciado a cartuchos de 38?
É a utilização descarada da máquina pública, como relata a Folha:
O Facebook e o Instagram
identificaram páginas e contas com conteúdo de ataques a adversários
políticos feitos por Tércio Arnaud Thomaz, 31, assessor especial da
Presidência da República e que faz parte do chamado “gabinete do ódio”
ou “gabinete da raiva”. O grupo, tutelado pelo vereador licenciado
Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), é responsável por parte da
estratégia digital bolsonarista.
Para a empresa [o Facebook] , o conjunto [de páginas] removido
agia para enganar sistematicamente o público, sem informar a verdadeira
identidade dos administradores, desde as eleições de 2018. Os dados que
constam das investigações da plataforma foram analisadas por
pesquisadores americanos do Digital ForensicResearchLab (DRFLab), ligado
ao Atlantic Council, especializados no combate à desinformação, às fakenews
e violação de direitos humanos em ambientes online. Nos domínios do
Facebook, a rede em questão atuava através de 14 páginas, 35 contas
pessoais e um grupo. No Instagram, onde também houve remoção de
conteúdos, foram identificadas 38 contas envolvidas com irregularidades.
Juntas, essas engrenagens mobilizavam uma audiência de mais de 2
milhões de pessoas, de acordo com o DRFLab.
Isso foi operado por imbecis, mas não foi formulado, certamente, por eles. Houve cabeças e, claro, bolsos que formularam e sustentaram esta conspiração.
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