Mutações estão deixando o coronavírus mais infeccioso?

Só umas das várias mutações do vírus, até agora, parece ter alterado seu comportamento
O coronavírus que está ameaçando o mundo no momento não é o mesmo que o coronavírus que surgiu pela primeira vez na China.


Cientistas estudam as mutações do coronavírus

Os vírus não têm um grande plano. Eles sofrem mutações constantemente e, embora algumas alterações ajudem a reprodução de um vírus, outras podem atrapalhá-la. Outras são simplesmente neutras. Eles são "um subproduto da replicação do vírus", diz Lucy van Dorp, da University College London, no Reino Unido. Eles "pegam carona" no vírus sem mudar seu comportamento.

A mutação que surgiu pode ter se espalhado muito apenas porque aconteceu no início do surto e se espalhou, algo conhecido como "efeito fundador". É isso que o Van Dorp e sua equipe acreditam ser a provável explicação para a mutação ser tão comum. Mas isso é cada vez mais controverso.

Um número crescente — talvez a maioria — de virologistas acredita agora, como explica o Thushan de Silva, da Universidade de Sheffield, que há dados suficientes para dizer que esta versão do vírus tem uma "vantagem seletiva" — uma vantagem evolutiva — sobre a versão anterior.

Embora ainda não haja evidências suficientes para dizer que essa versão "é mais transmissível" nas pessoas, o pesquisador diz ter certeza de que a mutação "não é neutra".

Quando estudados em condições de laboratório, o vírus mutante foi melhor na entrada de células humanas do que aquelas sem variação, dizem os professores Hyeryun Choe e Michael Farzan, da Universidade Scripps, na Flórida. Alterações na proteína "spike" que o vírus usa para se prender às células humanas parecem permitir que "se grude melhor e funcione com mais eficiência".
Mas para por aí.

Farzan diz que as proteínas "spike" desses vírus eram diferentes de uma maneira "consistente com, mas não provando, maior transmissibilidade".
 Matéria Completa, ::AQUI::

Comentários