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(Foto: Agência Brasil) |
por Rodrigo Vianna, Brasil 247 -
A política brasileira virou uma espécie de guerra de facções, sem regras nem limites, onde todos atacam a todos.
As normas institucionais começaram a ruir em 2014, quando Aécio Neves recebeu a desapontadora notícia de que não poderia ocupar a presidência - que imaginava ser dele, por direito divino.
Os tucanos, a chamada elite liberal, os empresários e o mundo jurídico viram que no voto não adiantava insistir. Resolveram, então, usar a Justiça para impedir que o PT seguisse à frente do governo. Os erros na economia e na gestão política, em 2015, ajudaram sim a abrir caminho para o golpe. Mas sem Moro, nada seria possível.
A Lava-Jato foi uma operação de desmonte das regras – com grampos ilegais da presidenta Dilma (“peço escusas”), com arrombamento do sigilo telefônico de advogados de Lula (“foi sem querer”), com conduções coercitivas arbitrárias, com delações forçadas e com um arranjo picareta entre juiz e procuradores que, anos depois, seria comprovado pelas mensagens reveladas por The Intercept no escândalo da Vaza-Jato.
O STF não fez nada para deter os abusos. Porque o alvo era o PT. Por isso, costumo dizer: se Moro é o pai da Lava-Jato, Barroso e outros ministros do Supremo são as mães. E a Globo foi a madrinha.
Moro foi autorizado a fazer o serviço sujo. Valia tudo, romper qualquer regra, pra tirar Dilma, prender Lula e liquidar o PT. Os ignorantes liberais acharam que a balbúrdia jurídica seria usada pontualmente, desconhecendo que o grave abalo no edifício democrático ameaça soterrar a todos.
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