O Exército infecta-se da imagem da morte


por Fernando Brito, Tijolaço -

O Exército Brasileiro está sendo levado a uma armadilha que lhe será fatal por anos.
Virou “bucha de canhão” na guerra já perdida contra o novo coronavírus.

Não porque os militares sejam por natureza incapazes. Mas são incompetentes para este combate.

Nem mesmo durante a ditadura militar o Ministério da Saúde foi ocupado por um militar, como agora, com o general Edson Pazzuelo.

Aliás, como informa O Globo, o Ministério da Saúde está sendo, literalmente, ocupado por militares.
Nove deles foram nomeados hoje para os quadros de direção do órgão.

É um sinal inequívoco de que as equipes técnicas estão sendo desmontadas.

Os que ficam estão intimidados, procurando as sombras, os cantos, os desvãos para não serem eliminados.

Por mais que apareçam por toda a parte pessoas querendo se promover com “modelos estatísticos” que preveem para depois de amanhã o pico da epidemia, o fato concreto é que a baixa quantidade de testes e os precários registros de notificação que compõe a nossa contabilidade de contagiados e de mortos, impedem qualquer avaliação precisa.

Nosso mais confiável indicador infelizmente são as mortes e, sobre isso, o que temos é o recorde batido hoje em São Paulo, com 324 mortes, cem a mais que o recorde anterior, de 224 óbitos, também registrado numa terça-feira, 28 de abril.

A mancha que ficará no Exército pela ambição de generais medíocres que estão levando a corporação a fantasiar-se de “abre-alas” da cloroquina para agradar um psicopata.

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