Sleeping Giants. Foto: Reprodução/Twitter |
DO EL PAÍS -
Em menos de uma semana, a versão brasileira do Sleeping Giants, movimento que expõe empresas que financiam, por meio de anúncios, sites de extrema direita e notícias falsas, causou um terremoto nas redes sociais ao alertar companhias sobre propagandas em canais pouco confiáveis e gerar reações até mesmo no alto escalão do Governo de Jair Bolsonaro. Incomodados com a atuação do perfil no Twitter, que já convenceu mais de 30 marcas e empresas a retirarem publicidade em sistema de mídia programática do Google do portal Jornal da Cidade Online, notório por propagar desinformação, apoiadores do presidente lançaram um contragolpe visando impedir que outras páginas ultraconservadoras sejam afetadas pela debandada de anunciantes.
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Para tentar reverter a campanha iniciada a fim de desidratar a principal fonte de renda dos sites de fake news e extrema direita, apoiadores de Bolsonaro pregam boicote às empresas que vetaram seus anúncios no Jornal da Cidade Online. A hashtag #NaoCompreDell apareceu entre os temas mais comentados do Twitter após a empresa de computadores retirar propaganda do site. Em um editorial, a página se diz vítima de censura e se defende com a publicação de nova notícia distorcida, em que atesta, com base em publicações de usuários no Twitter, mas sem nenhuma comprovação estatística, que os anunciantes que bloquearam publicidade no site estariam perdendo clientes “de maneira avassaladora”.
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