por Fernando Brito, Tijolaço -
Três dias atrás perguntei aqui se seria possível que qualquer pessoa poderia ingressar hoje no governo Bolsonaro sem ser, necessariamente, um sabujo do presidente transtornado.
Os fatos estão provando que é exatamente isso.
Horas depois de ter nomeado o sr. José Levi para ser o novo Advogado Geral da União, Jair Bolsonaro desautorizou a declaração do novo chefe da AGU de que não haveria recuso contra a liminar do ministro Alexandre de Moraes impedindo a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para dirigir a Polícia Federal.
“Quem manda sou eu e eu quero o Ramagem lá”
O erro do advogado está justamente aí. Bolsonaro não considera um desgaste, mas um fortalecimento ante sua matilha a manutenção do confronto com o STF, aquele que seus simpatizantes, com seu apoio, querem fechar.
Somente a sabujice impede – se é que impede – que esta gente que está entrando no governo entende que o objetivo de Bolsonaro é a hecatombe social, a crise institucional e a assunção de poderes autoritários.
Todos estão autorizados a pensar que estes que entram para se prestarem de bonecos do psicopata não são ingênuos, são cúmplices.
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