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Taxa de mortalidade de covid-19 no Amazonas está acima da média nacional
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A capital do Amazonas registrou 120 sepultamentos na última quarta-feira
(22/04) - o quádruplo da média diária de 30 enterros registrados antes
da pandemia do novo coronavírus, segundo a Prefeitura de Manaus.
Ausente do noticiário internacional desde a onda de incêndios
florestais registrada no ano passado, a capital amazonense voltou a ser
destaque em jornais e televisões do mundo todo nesta semana graças a
imagens de dezenas de caixões enterrados lado a lado em enormes valas
comuns, enquanto retroescavadeiras abriam espaço para mais corpos.
Segundo
a prefeitura, as valas comuns, classificadas pelo município como
"trincheiras", preservam "a identidade dos corpos e os laços
familiares".
Além de chocarem, as imagens expõem uma conta que não fecha e preocupa autoridades de saúde.
Oficialmente,
segundo dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde do
Amazonas, órgão da Secretaria de Saúde do Estado, Manaus teve apenas 7
mortes confirmadas ligadas ao novo coronavírus na quarta-feira.
Considerando estas 7 mortes, mais as 30 que aconteceriam
diariamente por razões diversas na cidade em tempos normais, restariam
mais de 80 cadáveres que fogem ao padrão registrado na cidade.
"A causa da morte não está sendo bem definida", reconheceu a prefeitura à BBC News Brasil.
O
nó da subnotificação vem se agravando em Manaus e nas principais
capitais do país desde o fim de março, quando as mortes pela doença se
aceleraram em todo o Brasil.
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Estado tem 2ª pior taxa de incidência de casos na população
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'Síndromes respiratórias'
Manaus é a cidade mais populosa da região amazônica, com uma população estimada em 2.182.763 pessoas, segundo o IBGE.
A cidade é a única em todo o estado do Amazonas - o maior do Brasil - com leitos de UTI.
Segundo
a prefeitura, dos 120 sepultamentos desta quarta-feira, "apenas 7 foram
notificados como covid-19 e outros 3 como suspeita".
"Desses,
outros 30 enterros tiveram a causa morte desconhecida ou indeterminada,
enquanto 43 foram por síndromes ou complicações respiratórias."
A tendência já aparecia na véspera (21/04).
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