Que tal acharam? Muita porcaria? Muita baixaria? Muita escatologia? Não
reclamem! Este é a imagem do país, pela qual os Poderes deveriam velar, e
que foi transformada nessa parede de mijo do Jair.
Jair chegou à Praça dos Três Poderes com um palhaço que deu banana
para os jornalistas reunidos na entrada do Palácio. Para os jornalistas?
Que nada! O simbolismo é muito maior.
Ante de chegar na praça ele passou no Supremo, viu Sua
Excelência com sua toga engomada, tirou o pinto para fora e passou a
mijar no pé da Sua Excelência, que saiu correndo pelos corredores,
perseguido por um presidente de pinto de fora.
O Jair saiu do prédio do STF e não parou. No caminho encontrou um
general 4 estrelas com espada na cinta, certamente indo a algum evento
cívico. Não teve conversa! Mijou no pé do general. E o general nem
reagiu porque, com seus gestos, Jair mija todos os dias no quepe do Alto
Comando.
Depois, saiu da praça com a calça molhada pelos respingos do seu
mijo, enxugou a calça com uma ponta da bandeira nacional, aquela mesma
bandeira que me enchia de orgulho cívico cada vez que via hasteada, sob o
som do Hino Nacional em marcha batida. Mas, agora, é a bandeira do Jair
que passou com seu alter ego na frente do Palácio, deu uma banana para
os jornalistas e rumou decidido em direção ao Senado. Com o pinto de
fora.
O presidente do Senado estava entrando na casa quando Jair chegou. Ao
ver Jair de pinto de fora, ele correu para o elevador. Mas um
ascensorista bolsominion fechou a porta, tirou o pinto para fora e mijou
no pé do presidente do Senado, misturando seu mijo democraticamente ao
mijo do Jair.
Nem preciso dizer que, informado do ocorrido, o presidente da Câmara
saiu correndo até a Segurança da casa e pediu uma escolta. De
preferência armada de guarda-chuvas. Até conseguiu. Mas que segurança
vai manter o guarda-chuva aberto se vê pela frente o presidente com o
pinto de fora, mandando fechar? E o presidente da Câmara levou uma
mijada no pé.
Os rebentos do presidente se entusiasmaram, mas o mais aguerrido
achou que só mijo poderia ser sinal de fraqueza. E passou a coordenar,
pelas redes sociais, o Festival do Escarro, com participação popular,
para escarrar no Supremo, no Forte Apache, na Câmara e no Senado. O
filho comerciante achou que seria um bom negócio. E, orientado pelo
filho-fritador-de-hamburger identificou um amplo mercado de contrabando
de escarro americano, que é muito mais consistente que escarro
subnutrido de brasileiros. E o festival do escarro foi marcado para o
glorioso dia 15 de março.
Que tal acharam? Muita porcaria? Muita baixaria? Muita escatologia?
Não reclamem! Este é a imagem do país, pela qual os Poderes deveriam
velar, e que foi transformada nessa parede de mijo do Jair.
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