Jesus Cristo gay, trans, mulher, negro e índio atiça a polarização religiosa para o desfile da Mangueira


Depois do atentado terrorista à produtora do humoristico Porta dos Fundos, os nervos ainda estão à flor da pele quando o assunto é a imagem de Jesus Cristo. O enredo da Mangueira já provoca reações exaltadas e há um abaixo assinado de 93 mil assinaturas contra a escola de samba

Do Brasil 247 -

Depois do atentado terrorista à produtora do humoristico Porta dos Fundos, os nervos ainda estão à flor da pele quando o assunto é a imagem de Jesus Cristo. O enredo da Mangueira já provoca reações exaltadas e há um abaixo assinado de 93 mil assinaturas contra a escola de samba.

A reportagem do jornal O Globo destaca que "quando a Mangueira anunciou que levaria à Sapucaí diferentes versões de Jesus Cristo no Carnaval deste ano, grupos religiosos arregalaram os olhos. Negro, índio ou mulher, o Jesus da verde-e-rosa soou como “blasfêmia” para os mais conservadores. A um mês do desfile, o enredo “A verdade vos fará livre”, que promete uma releitura da vida do “filho do Homem”, virou alvo de protestos, há um abaixo-assinado com mais de 93 mil assinaturas contra a escola e até uma ameaça de processo."

A matéria ainda acrescenta que "as críticas chamam ainda mais atenção pelo momento. Acontecem um mês depois do atentado à produtora Porta dos Fundos, atacada por retratar Jesus como gay em seu especial de Natal, na Netflix, e na esteira das reações à série “Messiah”, também da plataforma de streaming, sobre um novo messias que surge no Oriente Médio nos dias atuais, e que desagradou tanto a cristãos quanto a muçulmanos. Em 2018, a atriz Renata Carvalho foi vítima de perseguição e violência por causa da peça “Evangelho Segundo Jesus: Rainha do Céu”, na qual apresentava Cristo na forma de uma mulher trans. Um abaixo-assinado no site Avaaz.org pede que Renata represente Jesus transexual no desfile da Mangueira."

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