Processo de Witzel complicaria Bolsonaro se o Brasil tivesse lei




 por Fernando Brito, Tijolaço -

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se levar adiante sua afirmação de que vai processar o presidente Jair Bolsonaro por este ter dito que ele teria manipulado informações sobre o inquérito que apura a autoria do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes.
Aliás, foi além disso, depois, como registra o jornalista Chico Alves, no UOL, partindo para cima de Sérgio Moro:

“O governador disse que Moro faz afirmações “levianas, de que há indícios de fraudes na condução do processo”, que está em segredo de Justiça. “Eu não tive acesso, acredito que o ministro da Justiça também não teve acesso. E se teve acesso, está falando além do que ele deveria falar. É preciso que as coisas sejam restabelecidas”.(…)
“Esse inquérito instaurado, no meu ponto de vista, é indevido”, atacou Witzel, que é juiz federal aposentado. “Pegaram uma testemunha para transformar em investigado por calúnia na Lei de Segurança Nacional, por obstrução de justiça e organização criminosa, que nem é o caso, porque o que está se investigando não é organização criminosa. E ainda por cima o crime de falso testemunho, algo que se apura só no final, quando o juiz dá a sentença e há evidências disso”.

Hoje, na CBN, Marcelo Freixo deu uma dura entrevista a Kennedy Alencar onde diz que Moro jamais se preocupou com a família de Marielle e que ele ‘nunca telefonou para os parentes da vítima’, afirmou. Para ele, é ‘grave e sem precedentes’ transformar uma testemunha da Polícia Civil – o porteiro do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem um imóvel – em réu da PF. ‘Parece que Sergio Moro atende ao interesse privado de Jair Bolsonaro’.

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