O dragão do mar


por Fernando Brito, Tijolaço -

Enviam-me um trecho, bem pequeno, da fala de Lula na reunião da direção do PT, hoje.
Vi outros, não é o caso de discuti-los aqui, pois se trata de questão do partido, do qual não sou filiado e que tem seus próprios foros de discussão.

Mas a este, reproduzo, porque me é algo caro e tema de muitos passeios pela História que faço com meu filho adolescente, surpreso que fica com tanta coisa que na escola não contam.

Foi assim com o simun e o siroco no Vozes D’África, com os Lanceiros Negros da Revolução Farroupilha, com o Recife das revoluções libertárias de Manoel Bandeira, com os 40 mil, um terço dos paraenses, mortos na Cabanagem e com o Chico da Matilde, o jangadeiro cearense que não mais aceitava transportar escravos para os navios, oito anos antes da Lei Áurea, o Dragão do Mar de Aracati, que Aldir Blanc ressuscitou em João Cândido, nas águas da Guanabara.

Histórias que, como no magnífico samba da Mangueira deste ano, a História não conta.
Mas que se passa e que fica, debaixo da poeira, para alguma hora emergir.

Como um dragão a apavorar quem não tem olhos para ver nem coração para sentir.

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