por Fernando Brito, Tijolaço -
Como será o golpe que se deu na Bolivia? Vai consolidar-se?
Vai depender, disse no post anterior, da vontade e da efetividade do governo deposto de Evo Morales de opor resistência ao golpe , do que não há sinais até agora.
Todas as grandes cidades bolivianas – majoritariamente contrárias a Morales – são cercadas por periferias onde o apoio ao agora ex-presidente é muito forte.
Não se esqueçam que a Bolívia se define com o “Estado Plurinacional” não é à toa.
Não ache pouco Evo ser “o índio”. 1, 6 milhões de bolivianos são aimaras, como ele. Outros 1,8 milhão são quechuas, mais cem mil guaranis e outras centenas de milhares de outras comunidades ancestrais, em meio a 11 milhões de bolivianos.
Num protesto espontâneo, populares da zona sul de La Paz incendiaram uma garagem de ônibus e o candidato da oposição, derrotado, exigiu a intervenção da polícia, pretendendo impor-se como autoridade nacional.
Pode não haver nada em matéria de resistência, se as lideranças apenas sumirem e miarem lamentos.
Pode haver muito, se resistirem.
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