Jair não chorou por suspender propaganda de Moro. Muy amigo


por Fernando Brito, Tijolaço -

Jair Bolsonaro não parecia muito triste, hoje, ao anunciar a suspensão da campanha publicitária – aliás torta que só – do “pacote anticrime” de Sérgio Moro.

O ex-ministro, de uma hora para outra, viu-se apenas com o palito do pirulito que pretendia chupar.
Nem vai ter o projeto aprovado – disso já sabia ou deveria saber pela reação da Câmara dos Deputados – nem vai conseguir exposição de massa para suas ideias repressivas, com a qual contava fazer contraponto à sua ruína política.

O presidente fez-lhe o agrado, mobilizou a Secom, mas aproveitou a primeira contestação ao teor dos anúncios para anunciar o cancelamento de sua exibição.

Não vai arrumar briga com o TCU ou com o MP por causa de Moro.

Mas não foge de arrumar briga com a Globo, ao dizer que Luciano Huck não tem chances presidenciais por ser “um pau mandado da Globo”.

Mas, neste aspecto, Sergio Moro faz diferença?

Bolsonaro sabe que é a Globo que o sustenta e que, se a emissora tivesse tratado as irregularidades da Lava Jato como a notícia que são, já não restaria uma pedra sobre outra no castelo do ex-juiz.

Moro vai sendo empurrado para um gueto de luxo: insolado, sem apoios e sendo sistematicamente encolhido no governo, ainda que com todas as pompas e elogios bolsonáricos.

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