O ódio de Míriam Leitão a Lula a leva a lançar campanha para forçá-lo a sair da prisão. Por Kiko Nogueira


por Kiko Nogueira, DCM -

O ódio de Míriam Leitão a Lula não conhece limites.

Em uma coluna feita às pressas na tarde desta segunda, dia 30, ela escreve que “o semiaberto não é uma opção do preso”.

Segundo quem?

Ela explica:

A decisão do ex-presidente Lula cria uma situação nova, porque não cabe ao preso escolher ficar na prisão quando a autoridade decide que ele pode sair. Essa é a avaliação de uma fonte política que está acompanhando o caso. O argumento é que há custos com qualquer preso, e isso não pode ser decidido pelo próprio réu.(…)

Há divergências de interpretação sobre a necessidade da tornozeleira. Pode haver outro tipo de fiscalização. Quanto ao semiaberto, se essa for a decisão da juíza, não haveria como o ex-presidente permanecer na prisão.

Ora.

A tal “fonte política” deu uma interpretação da lei. Fontes verdadeiras dão informação.

Caberia a ela interpretar, como costuma fazer quando o assunto não é Lula ou o PT.

O correto seria, fosse o caso, apelar para uma “fonte jurídica”, ou algo do gênero, para que não saísse distribuindo pitacos sobre o inimigo que tem em comum com sua fonte.

Faltou coragem para ela bancar a opinião?

Segundo o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin, “a partir do momento em que ele não reconhece a legitimidade do processo, e da condenação que foi imposta a ele, não está obrigado a aceitar qualquer condição do Estado”.

A questão é complexa, controversa e suscita um bom debate.

O gesto é grandioso (e político) e demanda mais do que 15 linhas plantadas por um chegado.

Míriam nunca esboçou qualquer tipo de autocrítica a respeito do apoio vergonhoso que deu à fraude da Lava Jato. 

Não deu um pio nem sequer sobre Janot e seus delírios alcoólicos homicidas.
Sobre Lula, é ripa na chulipa.

No mundo da Globo, o normal é ir a lançamento de livro retratando Moro como um deus, e posando para fotos com a turma da República de Curitiba.

Obra esta de autoria de seu filho, Vladimir Netto, do repórter do Jornal Nacional.

Isso tem outro nome. 

É qualquer coisa, menos jornalismo.

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