Conversa gravada por delator motivou Operação contra líder do governo no Senado

Fernando Bezerra Coelho. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Conversa de um aliado do parlamentar tratou de um empréstimo que seria propina para o financiamento de campanhas eleitorais dele e de seu filho

por Jornal GGN -

A Operação da Polícia Federal contra o atual líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), nesta quinta-feira (19), trouxe à tona uma conversa de um aliado do parlamentar, que tratou do pagamento de um empréstimo que seria propina para o financiamento de campanhas eleitorais dele e de seu filho.

O empresário e delator João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho teve um encontro, em fevereiro de 2017, com Iran Padilha Modesto, aliado do hoje senador e que foi o coordenador da campanha eleitoral do filho do parlamentar, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE). Padilha Modesto atuou também como assessor do hoje parlamentar Bezerra Coelho quando ocupava o cargo de secretário estadual de Pernambuco.

Nesse encontro, o empresário delatou que discutiu o pagamento de uma dívida de R$ 1,7 milhão de 2014 da campanha dele e de seu filho, segundo informações de Felipe Amorim, no Uol. O assessor disse que o hoje senador poderia utilizar a Prefeitura de Petrolina, então sob o comando de um de seus filhos, para quitar esta dívida.

Segundo o delator, ele como empresário aceitou dar o empréstimo porque a OAS teria se comprometido a quitar a dívida, mas como a empreiteira não teria assumido o gasto, passou a cobrar diretamente do hoje líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado.

O diálogo sustentou a fase deflagrada nesta quinta-feira (18), que realizou buscas e apreensões no gabinete de Fernando Bezerra no Senado e que incomodou o mandatário Jair Bolsonaro.

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