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MBL, Doria e Novo querem distância de Bolsonaro. Mas lembre-se: eles estão sujos de lama

Foto: Marcos Côrrea/PR

por João Filho, Intercept Brasil -


Ninguém mais está querendo sair na foto ao lado de Bolsonaro. O bonde da barbárie está descendo a ladeira sem freio, e cada vez menos gente está disposta a continuar nessa roubada. Quanto mais pessoas pularem fora, melhor. Embora seja tentador, não podemos nos dar ao luxo de ficar apontando dedos. Que os desertores sejam bem-vindos. Mas também não podemos passar pano. Nem rancor, nem flores. A história precisa ser contada com precisão para que nunca mais o país tope uma proposta declaradamente antidemocrática e fascistoide.

É fundamental que um país seja transparente com sua própria história. A ditadura militar no Brasil, por exemplo, foi mal contada, e os criminosos do regime não foram devidamente julgados e condenados. Esse foi um dos motivos que nos levou a eleger um defensor do legado dos anos de chumbo.

Doria, MBL e partido Novo foram apoiadores entusiasmados do bolsonarismo no segundo turno das eleições. Para tirar o PT do poder, o trio liberal calculou que valeria a pena embarcar em um projeto extremista, liderado por um ex-militar que passou a vida como um parasita na Câmara e que colocou toda a sua família para mamar nas tetas do serviço público. Eles consideraram razoável apoiar um candidato que durante sua carreira assumiu ser homofóbico, incentivou a população a sonegar impostos, exaltou a tortura e chamou os direitos humanos de “esterco de vagabundo”. Não foi pouca coisa que eles aceitaram em nome do antipetismo. O “jeito novo de fazer política” abraçou o lado mais caquético e assombroso da velha política na primeira oportunidade. Ninguém irá pular desse barco sem ter manchado a roupa de lama e de sangue.
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