O presidente não é “dos paraíbas”?


por Fernando Brito, Tijolaço -

Jair Bolsonaro é, indiscutivelmente, um canalha.

Sua declaração, em vídeo vazado hoje, de que os governadores do Nordeste são “os governadores dos paraíbas” e que, dentre ele, o “pior” é o do Maranhão, Flávio Dino – justamente o que tem os maiores índices de aprovação – é uma bofetada em mais de um terço dos que habitam este país, morando nos estados nordestinos ou na imensa diáspora que se espalha por todo o Brasil.

Se os 8,8 milhões de eleitores do Nordeste – os “paraíbas” – que lhe deram o voto tivessem votado em seu adversário, Jair Bolsonaro não seria presidente da República. Menos ainda se os milhões de nordestinos espalhados pelo país soubessem que era para “não dar nada” à sua terra natal, castigada por séculos pelo sol, pela seca e pelas elites.

Você, Bolsonaro, deveria ser o presidente de todos os brasileiros, inclusive dos brasileiros “paraíbas”, como meus avós paternos, alagoanos.

Mas não é. É o presidente de uma camada de odientos, de recalcados, de imbecis que se amontoam para urrar selvageria.

Bolsonaro já não é um caso de oposição política, é uma objeção moral para qualquer brasileiro que ame este país.

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