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Presidente Jair Bolsonaro levantou a taça junto com os jogadores no Maracanã (Wagner Meier/Getty Images) |
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O presidente foi recebido com cumprimentos
por parte da torcida; na cerimônia de premiação, porém, sua presença no
gramado foi reprovada pela maioria
Por
Alexandre Salvador, Luiz Felipe Castro, Alexandre Senechal - Veja/Placar
RIO DE JANEIRO – Era para ser a apoteose do show orquestrado no
Maracanã. Mas no minuto em que a figura do presidente
Jair Bolsonaro foi projetada nos telões do estádio da final da
Copa América, durante a cerimônia de premiação da competição, uma sonora vaia tomou conta do palco da grande decisão,
vencida pelo Brasil por 3 a 1 sobre o Peru.
A grande maioria dos 69.986 espectadores do Maracanã reprovou a
presença do político na celebração, embora tivesse quem o aplaudisse
entre os presentes. Um tímido grito de “Mito! Mito!” não ganhou coro e
foi rapidamente abandonado.
Convidado pela Confederação Sul-Americana de Futebol a participar da
celebração, Bolsonaro foi quem vestiu a medalha de campeão no técnico
Tite, que o cumprimentou fazendo uma reverência. O presidente tentou um
abraço mais efusivo, puxando o treinador pelo pescoço, mas não teve
sucesso.
O zagueiro Marquinhos sequer apertou a mão do presidente,
passando reto pelo mandatário. Como um verdadeiro penetra de festa,
Bolsonaro “invadiu” a celebração dos jogadores brasileiros. Ele se
posicionou a frente da taça, que estava apoiada sobre o gramado, tomou-a
nas mãos e convocou uma nova série de poses para os fotógrafos. Nesse
momento, Tite se manteve mais distante, e não posou para as fotografias
ao redor do presidente.
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O ministro da Justiça Sergio Moro conversa com o presidente Jair
Bolsonaro na tribuna de honra do estádio do Maracanã (Carl de Souza/AFP) |
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A “atuação” do presidente – Faltavam 20 minutos para o
início da partida final entre Brasil e Peru quando o presidente chegou
ao Maracanã. A comitiva presidencial de mais de trinta veículos chegou
com escolta policial e das Forças Armadas. Diversos seguranças vestidos
de terno e gravata se espalharam pela tribuna de imprensa, localizada
bem acima dos camarotes do Maracanã. Entre os presentes estavam o
ministro da Justiça, Sergio Moro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e
o ministro da Cidadania, Osmar Terra.
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