O desapreço de Moro e Bolsonaro pelos livros diz muito sobre o Brasil que estão destruindo . Por Kiko Nogueira
por Kiko Nogueira, DCM -
Monteiro Lobato apontou que “um país se faz com homens e livros”.
O gigante Lobato imolaria o bigode se acordasse de seu sono eterno no Brasil de hoje.
A ex-jogadora de vôlei Fernanda Venturini, mulher de Bernardinho, contou ao Uol, orgulhosa, seu encontro com Jair Bolsonaro.
“Eu levei um livro para ele, que é um
livro famoso da Suécia porque lá os governantes lavam a louça, fazem
tudo. Aí ele falou: ‘Fernanda, você acha que eu vou ler? Não tenho
tempo’”, relatou.
“Eu falei: ‘Então me dá o livro de
volta’. É muito sincero. É pá, pum, isso que é bom. Porque ele ia levar o
livro, aí ia ficar o livro lá jogado e muita gente quer ler esse
livro”.
No programa de Pedro Bial, Sergio Moro comentou sobre um de seus passatempos.
“Eu gosto bastante de ler biografia”, falou.
Bial quis saber: “Qual foi a última que o senhor leu?”.
A resposta: “A última que eu li de biografia… Puxa vida, eu tenho uma péssima memória…”
Dado que é mentira, seria fácil inventar uma desculpa qualquer.
Ele fez isso no mês passado quando encontrou Olavo de Carvalho num jantar nos EUA. De acordo com a revista Época, o ex-juiz revelou ao guru que era uma honra conhecer alguém que inspirou tanta gente, incluindo “o chefe”, referindo-se a Bolsonaro.
Moro ainda mencionou ter gostado muito do livro “O jardim das aflições”, mas confessou que o achara “muito denso”.
Então tá.
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