Depois da notícia do assassinato do mestre de capoeira Moa do Katende por um bolsonarista em Salvador na madrugada desta segunda, vem à luz outro ataque do fascismo bolsonarista; a vítima foi uma jornalista do Jornal do Commercio de Pernambuco; ela foi agredida e ameaçada de estupro por dois homens na tarde da eleição, em Recife
Do Brasil 247 -
Depois da notícia do assassinato do mestre de capoeira Moa do Katende por um bolsonarista em Salvador (leia aqui) na madrugada desta segunda, vem à luz outro ataque do fascismo bolsonarista. A vítima foi uma jornalista do Jornal do Commercio de Pernambuco. Ela foi agredida e ameaçada de estupro por dois homens na tarde da eleição, em Recife. A Polícia Civil está investigando.
De acordo com a jornalista, cujo nome não foi revelado, dois homens atacaram-na e a ameaçaram de estupro no momento em que saía do local de votação, no bairro de Campo Grande, na zona norte do Recife. Segundo ela relatou à Polícia, um deles vestia camisa do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O motivo da agressão, de acordo com a profissional, seria o fato de ela ser jornalista.
Ela diz que o fato aconteceu por volta das 14h na
Rua Franklin Távora. Depois de ter votado, ela se dirigiu ao carro, que
estava estacionado na via. Dois homens portando um pedaço de ferro
abordaram-na na rua. "Tinham um ferro, tipo um canivete. Viram meu
crachá e disseram que eu era 'riquinha' e 'de esquerda' e também
ameaçaram um estupro", conta. Neste momento, relatou os dois a cortaram
no braço e no queixo.
Segundo a repórter, um dos homens era branco, usava
uma calça jeans e uma camisa preta que tinha a foto do presidenciável
com os dizeres “Bolsonaro Presidente”; e o outro também branco, vestia
uma camisa verde e calça jeans.
Minutos depois, segundo a repórter, um carro que
passava na rua buzinou e os agressores se assustaram, saindo correndo na
direção de um bar de esquina onde estaria um grupo bebendo.
Com hematomas no rosto e cortes nos braços, a jornalista prestou
queixa à polícia, às 15h30 deste domingo (7). “Todas as providências
necessárias já foram tomadas pela Polícia Civil. Foi feito registro do
Boletim de Ocorrência, ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal
(IML) e a polícia foi ao local para tentar identificar os suspeitos”,
explicou o delegado Rômulo Aires, titular da Delegacia do Espinheiro, na
Zona Norte do Recife.
Os investigadores vão solicitar as imagens das
câmeras de segurança da área onde ocorreu a agressão. O resultado do
exame de corpo de delito feito pela jornalista no IML será divulgado em
20 dias.
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