"Emenda apresentada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Lei dos
Portos permitiu que o grupo Libra, da família Torrealba, do Rio de
Janeiro, conseguisse renovar sua concessão no terminal portuário de
Santos, em São Paulo, mesmo estando em dívida com a União; logo depois
da aprovação da medida, a empresa doou R$ 1 milhão a uma pessoa jurídica
criada por Temer para receber doações; Libra foi o único grupo
beneficiário da alteração na lei; protagonista do processo de
impeachment, Cunha trabalha para que o vice Michel Temer assuma a
presidência no lugar de Dilma Rousseff; Temer, por sua vez, afirma que
as doações não estão relacionadas com a renovação da concessão; A dívida
do grupo Libra acumulada até 2008 era de R$ 544 milhões – o que
representa quase R$ 850 milhões em valores atuais
Brasil 247
Uma emenda apresentada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Lei dos Portos permitiu que o grupo Libra, da família Torrealba, do Rio de Janeiro, conseguisse renovar sua concessão no terminal portuário de Santos, em São Paulo, mesmo estando em dívida com a União. É o que aponta reportagem dos jornalistas Daniel Bramatti, José Roberto de Toledo e Roberto Burgarelli (leia aqui).
Brasil 247
Uma emenda apresentada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Lei dos Portos permitiu que o grupo Libra, da família Torrealba, do Rio de Janeiro, conseguisse renovar sua concessão no terminal portuário de Santos, em São Paulo, mesmo estando em dívida com a União. É o que aponta reportagem dos jornalistas Daniel Bramatti, José Roberto de Toledo e Roberto Burgarelli (leia aqui).
Logo depois da aprovação
da medida, a empresa doou R$ 1 milhão a uma pessoa jurídica criada por
Temer. "Mesmo sendo candidato a vice, Temer criou em 2014 uma pessoa
jurídica para receber doações eleitorais e repassá-las a candidatos a
outros cargos públicos, como deputados estaduais e federais. Sua conta
recebeu R$ 1 milhão de dois dos sócios do Grupo Libra, arrendatário de
uma área de 100 mil m² no Porto de Santos há mais de 20 anos", diz o
texto. A reportagem destaca ainda que a Libra foi o único grupo beneficiário da alteração na lei.
A dívida do grupo Libra
acumulada até 2008, segundo a Agência Nacional de Transportes
Aquaviários, era de R$ 544 milhões – o que representa quase R$ 850
milhões em valores atuais.
Protagonista do processo
de impeachment, Cunha trabalha para que o vice Michel Temer assuma a
presidência no lugar de Dilma Rousseff – Temer, por sua vez, afirma que
as doações não estão relacionadas com a renovação da concessão.
A concessão foi renovada
pelo ex-ministro dos portos, o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), que foi
desligado do governo pela presidente Dilma Rousseff. Seu desligamento
do cargo no começo de outubro foi usado por Temer, em sua famosa carta,
como exemplo da “falta de preocupação” da presidente em “eliminar do
governo” um ministro a ele “ligado”.
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