Teatro infantil: “As correntes”. Estrelando: Coxinhas. Direção: Eduardo Cunha

Fernando Brito, Tijolaço 

O coleguinha Tales Faria, na sua coluna no Fato Online, traz detalhes da tragicômica manifestação dos “Coxinhas Acorrentados” na Câmara dos Deputados.

Quem leu o noticiário pode até pensar que – concordando ou discordando deles – são pessoas que se dispõem a um sacrifício físico por suas ideias, quebrando a segurança da Casa e contestando. As matérias não deixam dúvidas: “manifestantes se acorrentam por impeachment”.

O que os leitores só ficam sabendo é que o “acorrentamento” é um simples teatrinho para a mídia, preparado com o acordo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha,  e com direito a “revezamento” entre os “acorrentados”, todos devidamente qualificados e autorizados (aqui, o documento reproduzido pelo Tales)

Não falta muito para se organizar, neste esquema de “revezamento”, uma “greve de fome” em que, quando a barriga roncar, venha outro para o lugar do “grevista” e ele vá fazer um lanchinho no McDonalds. Capaz até de voltar  com um carrinho daqueles de brinde, para matar o tempo.

Até porque, depois da sessão de fotos com algemas e correntes de metal, os sofredores trocam os grilhões por correntes de plástico, bem mais leves e confortáveis.

Nem mesmo de fanáticos dá para chamar esta turma: são apenas imbecis fazendo um teatrinho infantilóide que, com a conivente preguiça acrítica da imprensa, aparece como gente capaz de atos extremados por suas ideias.
Ajudados, claro, por imbecis mais bem-postos, que os apresentam como se fossem “de verdade”.

Uma pantomima para a qual basta um repórter correto como Tales para, com um peteleco, por a nu seu caráter farsesco."

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