Jovens gritam contra pauta conservadora de Cunha

"Cerca de 400 jovens fizeram um 'escracho' nesta segunda-feira 2 em frente à casa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), em Brasília; o grupo, articulado principalmente pelo movimento Levante, defendeu o afastamento de Cunha do cargo diante de denúncias de corrupção envolvendo seu nome e protestou contra a agenda conservadora da Casa, onde estão sendo aprovados projetos que tiram direitos das mulheres, prejudicam indígenas e a classe trabalhadora; Janderson Barros, do coletivo de juventude do MST no DF, disse que "as pautas conservadoras do Congresso retiram direitos fundamentais do povo brasileiro, por isso a necessidade de uma reforma política"; Laura Lyrio, da coordenação do Levante, convidou a juventude a protestar contra "o retrocesso brasileiro"

Brasil 247

Um grupo de cerca de 400 jovens, segundo os organizadores, fez um 'escracho' em frente à casa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), em Brasília, na tarde desta segunda-feira 2. A manifestação pedia o afastamento de Cunha do cargo, devido a denúncias de corrupção que envolvem seu nome, e protestava contra a agenda conservadora da Câmara, que tem aprovado projetos contrários às minorias.

Articulado principalmente pelo movimento Levante, o ato tinha faixas com os dizeres "Fora Cunha" e "tire as mãos dos nossos corpos", em referência ao projeto de lei 5069/13, de autoria de Eduardo Cunha, que proíbe o Sistema Único de Saúde (SUS) de oferecer a mulheres vítimas de estupro a pílula do dia seguinte e de prestar-lhes orientações sobre o direito ao aborto.

Outras propostas incluídas na pauta da Casa propõem a revisão do Estatuto do Desarmamento, muda as regras da demarcação de terras indígenas, reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, estabelece o Dia do Orgulho Hétero, entre outros. Os dois últimos são de autoria de Cunha.

Janderson Barros, do coletivo de juventude do MST no DF, disse que "as pautas conservadoras do Congresso retiram direitos fundamentais do povo brasileiro, por isso a necessidade de uma reforma política". Laura Lyrio, da coordenação do Levante, convidou a juventude a protestar contra "o retrocesso brasileiro".

"A juventude está na rua para defender que um outro projeto para o Brasil é possível e que não aceitaremos sem lutar projetos como o 5069, que é uma violência contra o corpo das mulheres, uma das muitas que o Estado comete", afirma Laura."

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