Extratos derrubam mais uma versão de Cunha

"Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que não movimentou os recursos depositados pelo lobista João Augusto Henriques, em suas contas na Suíça; no entanto, extratos bancários revelam que o dinheiro foi movimentado duas vezes no ano passado; esta é a segunda história contada por Cunha que cai em menos de uma semana; antes, o filho do ex-deputado Fernando Diniz, já falecido, disse não ter ordenado qualquer pagamento para o presidente da Câmara; embora os argumentos de Cunha sejam frágeis, ontem ele obteve apoio de 230 parlamentares

Brasil 247

A história contada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para justificar seus depósitos milionários na Suíça, não tem conseguido ficar de pé.
Reportagem dos jornalistas Graciliano Rocha, Mario Cesar Carvalho e Flávio Ferreira (leia aqui), contesta mais uma de suas versões: a de que o dinheiro depositado pelo lobista João Augusto Henriques não teria sido movimentado.


Os extratos das contas mostram que os recursos foram movimentados duas vezes no ano passado. Segundo a reportagem, "uma parte foi aplicada em ações da Petrobras e o restante foi transferido para uma conta de uma empresa de Cingapura que tem Cunha como beneficiário."

Henriques depositou o equivalente a R$ 4,8 milhões nas contas de Cunha em junho de 2011, após fechar um negócio na área internacional da Petrobras, comandada pelo PMDB. O presidente da Câmara, no entanto, alega que esse valor se refere a uma dívida paga pelo filho do ex-deputado Fernando Diniz. O problema é que esse tese também não ficou de pé. Felipe Diniz, filho do ex-parlamentar, negou ter feito qualquer pagamento a Cunha. 

No entanto, embora seus argumentos sejam frágeis, Cunha obteve ontem o apoio de 230 parlamentares, que assinaram um manifesto contra a sua cassação."

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