A força da lei: depois de O Globo, a Folha admite que deixou de informar a verdade


Fernando Brito, Tijolaço 

A necessidade de uma Lei de Direito de Resposta foi, de novo, provada ontem.
Poucas horas depois de o Instituto Lula anunciar que Fábio Luís, filho do ex-presidente Lula, iria pedir na Justiça o direito de responder à Folha de S.Paulo pela  matéria Lobista alvo da Zelotes é preso pela primeira vez em 30 anos , onde se repete a armação da Veja, de 2006, segundo a qual o lobista Alexandre Paes dos Santos, preso na Operação Lava-Jato, “cedia uma sala do escritório que construiu no Lago Sul para um dos filhos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis, trabalhar quando estivesse em Brasília.”, o jornal na versão eletrônica,  registrou num “erramos” que o cidadão ” recuou” da declaração.

É pouco, diante da verdade. Porque não apenas fez isso como foi condenado, junto com a Veja e o repórter Alexandre Oltramari fora condenados a pagar indenização a Fábio Luís por danos morais causados pela armação da revista.

Tal como fez O Globo, a Folha tenta “sair pela menor” com a correção pífia, para evitar ser humilhada com a publicação obrigatória dos fatos como eles são, e não como os publicou.

Ainda não sei como será feito no jornal impresso, pois escrevo no início da madrugada, mas é provável que siga o mesmo caminho.

Nem se o filho de Lula, diante dele, vá desistir da retratação na forma da lei.
Mas , antes e poucos dias depois da sanção da lei, já está provada, em exemplos práticos, a sua necessidade.

Provada, infelizmente, pelo comportamento dos jornais e pela covardia com que recuam de suas irresponsabilidades.

Porque, se se dedicassem a publicar verdades, e não mentiras, lutariam por elas em lugar de recuar de forma pusilânime."

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