Dupla Dinâmica do golpe |
Faz tempo que Aécio e FHC, a Dupla Dinâmica do golpe, andam dizendo que Dilma deveria renunciar.
É uma ideia idiota, mas encontra ampla repercussão na imprensa.
Bem dela?
Como classificar uma estupidez desse calibre?
Mas, ainda assim, essa monumental demonstração de cinismo demagógico ganha ampla espaço em jornais e revistas.
A frase honesta seria esta: “Seria bom para nós.”
Por nós, entenda os golpistas reunidos em torno de Aécio e FHC.
E eles poderiam complementar: “Já que não ganhamos no voto, quem sabe no tapetão?”
Aécio e FHC parecem ter perdido a noção.
Fiquei ainda mais desconfiado disso depois que soube que Paulinho da Força dizer que não imaginavam que ia ser tão difícil tirar Dilma.
Isso depois de afirmar que tentaram promover o impeachment pelos jornais, uma das mais claras mostras do que a imprensa cúmplice dos golpistas vem fazendo neste tempo todo.
No mundo paralelo dos Aécios, FHCs e Paulinhos da Força, o poder cairia em seu colo.
O PT, os movimentos sociais da CUT ao MST, todas as forças progressistas que deram 54 milhões de votos a Dilma ficariam paradas diante do golpe.
Onde eles vivem?
O país ficaria simplesmente ingovernável com um golpe paraguaio.
Não somos uma República das Bananas.
Tudo isto posto, somos ainda obrigados a ouvir a Dupla Dinâmica recomendando a Dilma que renuncie.
Não vou nem dizer que a proposta poderia valer para eles dois, pelo mal que estão fazendo à democracia.
Há um ano eles dois importunam os brasileiros com seu golpismo intolerável.
Mas vou adiante.
Já que falam tanto em renúncia, por que eles não endereçam a pergunta ao maior símbolo da corrupção nacional, Eduardo Cunha, o homem que conseguiu colocar até Jesus em seus trambiques.
Cada dia que passa sem que nada aconteça com Cunha diante das assombrosas revelações suíças é uma bofetada na cara dos brasileiros.
Por que Aécio e FHC não sugerem a ele que renuncie?
Por um único motivo: pertencem ao mesmo grupo, os três.
FHC, Aécio e Cunha representam a plutocracia tentando, mais uma vez, tomar de assalto a democracia.
Foi assim em 1954, com Getúlio.
Foi assim em 1964, com Jango.
E a plutocracia tenta mais uma vez a mesma coisa em 2015.
É por isso que Aécio e FHC não sugerem a renúncia de Cunha."
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