Só fortes indícios contra Anastasia fariam PF pedir a Teori que inquérito prosseguisse


Fernando Brito, Tijolaço

"Muito pouco foi contado dos indícios encontrados pela Polícia Federal para pedir o não-arquivamento do inquérito  e a continuidade das investigações sobre o senador Antonio Anastasia.

É obvio que não se ia contrariar um parecer da Procuradoria Geral da República apenas porque se descobriu que um aliado político da Anastasia residia próximo ao trajeto descrito pelo entregador de dinheiro Jaime “Careca”.

Há mais, muito mais, não apenas nos fatos apurados como na estranha atitude de deles não terem tido conhecimento anterior os promotores ligados a Janot.

É bom não esquecer que, em abril, policiais e procuradores tiveram um atrito por conta de saber quem conduziria as investigações sobre políticos que, até este episódio, parecia superado.

Aliás, muito provavelmente a ação da PF de procurar Teori Zavascki diretamente para pedir a continuidade do inquérito que Rodrigo Janot queria arquivar foi uma reação a uma negativa anterior da PGR de seguir pela trilha aberta com alguma revelação sobre o Senador Anastasia, braço direito de Aécio Neves.

É importante jamais esquecer que não existe “Operação Lava Jato” sem componentes políticos e sem luta intestina em todas as instituições envolvidas: Justiça, Procuradoria e Polícia Federal.

Portanto, em tudo o mais provável é que haja fatos, não apenas suspeitas, comprometedores envolvendo Anastasia e se os há, inevitável que agora venham à tona.

De qualquer forma, preparem-se para uma enxurrada de gritos e reclamações tucanas em geral e de Aécio Neves em particular.

É que vai ser posto à prova aquele dito mineiro com que brincaram na sabatina de Janot ao Senado e veremos se pau que dá em Chico também dará em Francisco."

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